sexta-feira, 27 de maio de 2011

RETICÊNCIAS


Último texto de maio (mês das noivas) e primeiro texto de junho (dia dos namorados!!!), então deixei as aventuras e as brincadeiras de lado e decidi investir no amor... ou melhor ... no AMOR.

Amor/AMOR, pelo qual todos nós passamos em algum momento ou (melhor ainda!) em vários momentos da vida.

Quando eu era menina e poeta inventei um segredo para mim: em cada livro que eu publicasse, incluiria um poema cujo o título seria (...). Um título silencioso para poemas que falassem de amor, pois para mim o AMOR era e ainda é algo sutil e nada eloquente. O amor acontece em silêncio e vai surgindo das pequenas coisas, dos pequenos gestos. Não sou dada a apaixonadas verborragias. Não sou barroca, nem gongórica. Para mim, o amor, Amor/AMOR é minimalista. No máximo pode ser uma pintura naive, daquelas lá do Pelourinho, com suas inúmeras casinhas, anônimas, que sobem e descem colinas.

Então, neste inicio de mês de magias e amores, Mês de Santo Antoninho, deixo com vocês uma de minhas reticências. Uma das que eu mais gosto.


... (II)

Vem e me ensina a sina
de um sino
que rima
vento e céu azul
E me viaje por terras batidas
por curvas e rumos
E me faça sorrir
de leste a oeste
de norte a sul

Me veste de verde
me cheire jasmim
E seja eu cidade redonda
de beira de estrada
Cruz de igreja e riacho
correndo pra longe
pra um longe
sem fim

Vem e me abra a porteira
e me saia a galope
e me corra
por montanhas e vales

Me solte no espaço
me dome os segredos
E seja eu açude de peixes
morena de relva
cercada de flores
repleta de tudo

Vem e me brinque
          me conte
          me cante
a cantiga de amigo
que eu quero escutar

E só assim
e só depois
 seja eu poeta
 dona da rima
senhora do verso
e te faço poema
poema de amor

(in Moinhos ao Vento, Ed. Fontana, 1982)

Nota: A foto foi tirada por mim há muito tempo.  Um pôr de sol no mar da Bahia... onde tudo começou.

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

EM QUE CATEGORIA VOCÊ ESTÁ?


Nos últimos tempos, tenho me olhado no espelho e percebido uma fisionomia por demais responsável. E não é só isso, com maior cuidado, dá até para ver algumas rugas de preocupação. Tudo tão diferente daquele rosto leve e quase inocente de meus tempos de IV.

Engraçado, antes, quando eu trabalhava, achava que o estágio mais complexo e sofisticado de ócio, ou melhor dizendo, de vagabundagem curiosa e criativa, seria em situações internacionais. Por isso, quando na Venezuela, me entreguei de corpo e alma ao projeto de ser uma International Vagabond, uma IV de carteirinha.

A princípio não foi nada fácil, eu vinha de uma vida super corrida e de uma rotina frenética. Cheguei em Caracas me exigindo ação... Vou fazer isso e aquilo e aquilo mais... Depois aprendi, até com certa rapidez, que meu tempo era outro e as minhas demandas também. E aí, virei uma IV juramentada.

A volta ao Brasil, porém, tem me trazido desafios bastante pesados. Não é só a volta ao Brasil, afinal eu poderia ter voltado para qualquer outra cidade e aí, acredito eu, saberia transitar como uma NV, isto é National Vagabond, com uma certa facilidade. Mas voltar para o mesmo local onde nasci e, principalmente, estudei e trabalhei, traz desafios quase intransponíveis. Enfim, o que quero dizer é que não é nada fácil ser uma Local Vagabond (LV) em horário integral, vivendo em sua própria cidade.

Tudo conspira para que você volte a ser o que era e, pior ainda, fazer o que fazia. CORRER! Na Venezuela, eu era Patricia Costa e o máximo que me pediam era el número de mi cédula. Por aqui, voltei a ser Patricia Blower e é um tal de RG, CPF, firma reconhecida... Está certo que estou acertando um monte coisas que ficaram pendentes, mas sinto saudades daquele anonimato estrangeiro.

A vagabundagem curiosa e criativa exige um compromisso, uma dedicação quase monástica. É preciso muita concentração para se entregar ao não-fazer, ou melhor, ao fazer-lúdico, ao fazer-inteligente, ao fazer-sem-obrigações. E olhem, garanto que no exercicio de tal vagabundagem fiz e aprendi muita coisa.

Então, já tendo descoberto que ser IV é nivel de graduação, ser NV equivale a uma especialização ou a no máximo um Mestrado e o que pega mesmo, o que exige dedicação integral, o que é um Pós-Doc puxado é ser LV, decidi me aprofundar nesta pesquisa e descobrir outras categorias de vagabundagem, sempre lembrando que esta deve ser curiosa e criativa.

Antes de começar, porém, registro que todos os termos e abreviações estarão em inglês para que eu possa ficar mais alinhada com as mais modernas consultorias,  principalmente as de RH. (Acho que siglas em inglês ficam mais chiques.)

Senão vejamos:

Categoria 1: WET (Weekend Trainee) - Este é o estágio mais básico. Começamos a nos dedicar a ele ainda no ensino fundamental, quando sonhamos que a sexta-feira vai chegar e, apesar de todo o dever de casa, vamos ter dois dias para brincar. O conhecimento adquirido neste estágio permanece com o indivíduo até a sua aposentadoria ou demissão.


Categoria 2: SCS (School Camps Surveyor) - Neste estágio, o indivíduo é um pesquisador, aberto a novas (primeiras?) experiências. A idade aqui  é algo fundamental. Só mesmo adolescentes, talvez por razões hormonais, são capazes de resistir às atividades, às acomodações e, principalmente, à comida de tais lugares.

Categoria 3: LoHA (Long Holiday Apprentice) - Neste estágio, o indivíduo explora todas as possibilidades de vagabundagem de forma bastante sintética. Cada minuto vale ouro, apesar de muitos serem perdidos em enormes engarrafamentos. Uma das tarefas a que um LoHA se dedica com maior prazer é fazer, logo no início de cada ano, o levantamento detalhado de todos os feriados passíveis de enforcamento.

Categoria 4: VV (Vacational Vagabond) - Apesar de este ser um estágio bem comum, não deve ser menosprezado. Um VV de carteirinha jamais venderá suas férias, mesmo que a peso de ouro. Existem VVs ativos, aqueles que sempre saem, viajam em suas férias e VVs passivos, que preferem ficar em casa para descansar.

Categoria 5: AVV (Anomalous Vacational Vagabond) - Anomalia grave percebida em alguns indivíduos. É o caso daquele que decide usar suas férias para botar as coisas em dia. Exemplos clássicos: Ir a médicos, fazer exames, organizar a casa.

Categoria 6: CVV (Compulsive Vacational Vagabond) - Um CVV pensa em suas férias todos os dias de sua vida. Na verdade, vive, trabalha, respira com o único objetivo de em uma época do ano sair de férias. Pode levar meses planejando seu próximo período de lazer e, em casos mais agudos, pode sofrer de estafa depois de desfrutar as alegrias de todos os eventos que se propôs a fazer. Em casos muito raros, a estafa vem antes das férias, só com o esforço do planejamento. (Também conhecido como TP - The Planner)

Categoria 7: HR (Happily Retired) - Aquele que se aposenta e descobre as delícias e surpresas do mágico mundo da vagabundagem. Para alguns estudiosos, um HR deve sempre cuidar para não se transformar em um RR (Retarded Retired) que só gosta de ficar na pracinha jogando cartas ou dominó. No entanto, há pesquisadores idôneos que também consideram válidas tais atividades.


Categoria 8: hr (happily redundant) - Mesmas caracteristicas do item anterior, só que originadas por demissão.

Categoria 9: CV (Cruise Vagabond) - Este é um estágio com registro mais recente, mas que tem sido percebido em vários indivíduos que só se sentem descansando quando estão fazendo algum cruzeiro pelos mares afora. Não importa que mares, o importante é a brisa, o sol, a piscina, o cinema, o cassino, a boate, os jogos, as roupas, as comidas, os shows..... E por falar em shows, isto introduz a próxima categoria.

Categoria 10: CVWRC (Cruise Vagabond with Roberto Carlos) - O mesmo que o anterior, mas com rosas vermelhas. 

Como podem ver, este é um universo de pesquisa vasto e desafiador. Visitei apenas a ponta do iceberg. Talvez em próximos textos... Epa!!! Não disse que era muito dificil me manter LV sem cair em armadilhas. Paro por aqui imediatamente. Afinal, está mais do que na hora de descansar!

Nota 1: Foto tirada por mim na Republica Dominicana, onde exerci em plenitude o meu oficio de IV. Estávamos na Isla Saona. Esse catamarã foi nosso meio de transporte em alguns momentos por lá.

Nota 2: Para maiores informações sobre IVs, aconselho a leitura do texto How to be an International Vagabong publicado no blog em fevereiro de 2009.

(in pblower-vistadelvila-blogspot.com)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

THE ESCAPE


Era um início de noite chuvoso naquele final de inverno londrino. Quem passasse por eles jamais poderia imaginar que aquelas duas figuras comuns e anônimas eram, na verdade, a mais secreta dupla de super heróis intergaláticos: Aunty Pat & Danny Boy.

Ela, com a sua inseparável boina xadrez e sua capa de um verde já surrado pelas tantas aventuras. Ele, com o seu sobretudo de corte impecável. 

A dupla só era chamada em momentos em que o planeta Terra corria perigo iminente de destruição. Desta vez, sua missão era a de encontrar uma capa de chuva em uma das lojas na região de Oxford Circus. A missão já se fazia quase impossível pelo horário escolhido e pelo dia da semana: Oxford Street em pleno sábado à tarde!!! Mas havia mais!!! Muito mais!!!! A capa que buscavam trazia, tecidos em seu forro com linha invisível, os planos de uma gigantesca invasão alienígena. A invasão definitiva! A invasão tão temida por todas as nações!!!

Os dois, no entanto, se mantinham tranquilos. E foi com grande fleuma (afinal estavam em Londres) e destemor que se embrenharam na multidão incontrolável que havia invadido toda a região. 

Não demorou muito tempo para que a experiência de ambos indicasse que muitas daquelas pessoas eram alienígenas disfarçados. O grupo de turistas japoneses foi a primeira indicação. Tentavam enganar a todos, mas nenhum deles trazia consigo sequer uma câmera. Depois foi uma família norueguesa que reclamava da chuva e do frio. Aquilo não podia ser verdadeiro. Por fim, como a gota d'água no mar de suspeitas, um casal de franceses saboreava, deliciado, um fish&chips frio e oleoso. A confirmação. Os alienígenas tinham chegado.

Aunty Pat & Danny Boy se entreolharam. Era preciso agir com urgência e objetividade. Decidiram descer aos subterrâneos, isto é, ao TUBE, para ver como as coisas estavam por lá. O mesmo cenário se descortinou aos olhos atentos dos super heróis. A multidão inquieta e dissimulada se espalhava pelos túneis, corredores, escadas rolantes... Todos esbarravam em todos. Um emaranhado de línguas e sotaques, alguns ininteligíveis, confirmava a presença dos extra-terrestres. E foi nesse momento que o primeiro aviso se deu:

- Emergency alert!!!! Emergency Alert!!! Leave the station !!! Leave the station!!!

A voz era de tal forma angustiada e nervosa que sequer complementou o aviso com o tão tradicional e britânico Mind the gap. Sequer um please. Não. Não havia tempo para isso. Era cada um por si e os dois heróis por todos.

Foi Aunty Pat que sugeriu que subissem novamente. Nas ruas teriam uma visão mais geral do que estava acontecendo. Enquanto subiam, ajudaram milhares de pessoas que tentavam sair daquela infame armadilha.

Quando sairam do TUBE, viram nos céus uma grande nave. Pensaram até que fosse uma jogada de marketing da Hamleys, mas foi aí que houve a primeira explosão.

(Conseguirão nossos heróis vencer as forças do mal e proteger o planeta de  malévolos alienígenas? Terão Aunty Pat & Danny Boy forças para enfrentá-los? Isto só saberemos nos próximos capítulos!)

Não, não enlouqueci não. Esta foi a minha maneira de agradecer por um delicioso presente que ganhei de Dia das Mães (Postiças).

Dani,
Amei seu carinho e a recordação de uma tarde tão maravilhosa em Londres.
Quanto à história, quanto a nossas aventuras, cabe a você continuar desenhando, que a tia aqui põe o texto. Afinal, Aunty Pat & Danny Boy têm muita chance de se tornarem grandes super heróis. Lembra que também temos outras paladinas da justiça: CyberKarol Sister, expert em cibernética, MummyCel , especialista em comunicação com celulares de última geração e MarieDoggy, a mais perfeita nano robô do universo. Ah, e claro, S.J.W., nosso cientista especialista em fontes de energia alternativas.
Um beijo enorme,
Tia Pat

E para quem teve, esta semana, compreensão com o meu carinho e com a brincadeira fica também um enorme beijo e uma foto rara de Aunty Pat em ação:



Para aqueles que não acreditam que a dupla de super heróis exista, anexo outra foto. Esta mais rara ainda!



Afinal, todos somos super heróis de nós mesmos e de todos aqueles que têm afeto e carinho por nós...

Nota: Se quiserem ter a outra versão desta história, é só acessar no blog o texto Danny Boy de abril de 2010.

Ilustração: Daniel Fernandes 

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)


sexta-feira, 6 de maio de 2011

A VIDA A CABO




Entre o casamento real e a morte de Bin Laden, fiquei super gripada.

Na verdade, já vinha meio resfriada há algum tempo. Aquela dor de garganta típica, nariz escorrendo e uma moleza que fazia tempo eu não sentia. Vontade de nada e febrezinha.

Nessas horas, além dos aconselháveis antigripais e muito líquido, só nos resta virar planta, encontrar um cantinho e ficar... Olho vidrado... Raizes entre um travesseiro e a coberta. Nada mais. 

Não, tem mais uma coisa. A TV ligada, para fazer o tempo passar. E foi aí que tive um efeito colateral da gripe. Algo inimaginável. Tive uma indigestão de TV a cabo.

Tal síndrome ainda não foi registrada pela ciência, pois não vi nada a seu respeito no Discovery Science ou no Home & Health e nem falaram nada dela no Fantástico. Seus efeitos, porém, são devastadores.

Além daquela esperança permanente de encontrar algum filme que valha a pena, o que resulta em uma angustiante frustração depois de duas horas zappeando por todas as HBOs possiveis, tem um outro sintoma ainda mais grave e que se torna crônico. Você passa a odiar filmes que foram um must  em sua vida. Um exemplo vale como explicação. Enfrentei filas para ver O Paciente Inglês na época em que o filme concorria ao Oscar e, esta semana, acamada e impaciente, esbarrava em Ralph Fiennes todo queimado a cada zappeada que eu dava para fugir de um infomercial ou de um desenho animado da Nichelodeon ou do Discovery Kids. Depois de algum tempo, comecei a desejar que ele tivesse ficado na caverna com seu grande amor e ambos tivessem sido comidos por hienas do deserto. 

Nickelodeon e Discovery Kids... Antigamente, eu gostava de desenhos animados, mas agora, talvez pela idade avançada, eles não me encantem mais. E não é porque não consiga compreender a rapidez com que a trama se desenrola (continuo esperta nisso), mas é porque as histórias são muito chaaaatas. Um mundo que tem como herói um Bob Esponja só pode estar em profunda crise. Econômica? Nada, de identidade. 

E o pior de tudo é que você vicia. Não consegue desligar a televisão. Talvez seja por influência dos canais religiosos que investem em sua fé. Vai melhorar, vai melhorar. Deus é pai, não é padrasto e não me abandona. Vou encontrar algo para ver... Cadê o controle remoto????? É, este é o efeito colateral do efeito colateral... A gente perde o controle entre os travesseiros e a coberta. E, aí, a gente perde o controle e a compostura de vez. Cadê a m... do controle remoto?

Os seriados poderiam ser uma opção, mas sei lá... É muito médico e enfermeira. É muito patologista e legista. É muito serial killer. É muito tiro. Eu queria ganhar 50 centavos a cada tiro dado nos canais da TV a cabo. Em um dia, eu estava rica. Ganhava mais em um dia do que em qualquer edição do BBB. E por falar em BBB, tem um canal que continua passando os melhores momentos. Pode?

E que tal os canais de esportes? Não dá... Eles só mostram o Fluminense perdendo nos pênaltis!

Está certo... Tem o History Channel, mas vocês sabem quantas vezes uma pobre pessoa acamada pode ver o MUNDO SEM HUMANOS  em apenas uma semana? Esta é fácil... Tantas quantas as vezes em que aparecem tubarões e dinossauros em todos os canais. Por que o pessoal gosta tanto de dinossauro? Deixem os mortos em paz!

Antigamente, eu gostava de ver o César e suas dicas de como adestrar os cães. Hoje, me peguei imaginando ele sendo comido por uma matilha de chiuauas! Não estou nada bem!!!!

E tem os caminhoneiros do gelo, a pesca mortal, as megaconstruções e ainda... E esta é realmente mortal... Os chefs e suas receitas mirabolantes. E o pior é que eu me pego com vontade de comer tudo aquilo... De ostras com mapple a comida molecular!! E quero beber todos os coquetéis e degustar todos os bichos estranhos e também os vermes que aqueles jornalistas aventureiros comem enquanto sobrevivem nas selvas tropicais. Não estou nada bem mesmo!!!!!

É, mas tem as notícias. A possibilidade de estar antenada com o mundo on time. (Na época do acidente no Japão, a NET abriu a NHK e eu, às vezes, ficava vendo as noticias em japonês. Uma experiência. É como tomar uma droga pesada. O desastre rolando e ao fundo tinha uma musiquinha japonesa, cheia de blim-blim-blins e a voz suave e zen de um locutor. Muitos ideogramas na tela e a imagem de Fukushima e aquela fumacinha saindo. Não conheço nada melhor para fazer meditação!). 

É, tem as notícias on time. E foi então que eu descobri que toda notícia é canibal. Uma noticia come a outra e é assim que a mídia sobrevive.  Não me acreditam? Senão vejamos... Desde o inicio do ano... Se não me engano, a catástrofe da serra fluminense foi comida por outras catastrofes climáticas e pelo incêndio na cidade do samba que, por sua vez, foi comido pelo próprio carnaval que, por sua vez, foi comido pela visita do presidente Obama ao Brasil que foi comida pelo tiroteio na escola em Realengo que foi comido pelo acidente no Japão. E este caso é ainda mais emblemático. Em horas, o terremoto no Japão foi comido pelo tissuname que foi comido pelo vazamento radioativo. Assim, numa zappeada. E o Japão foi comido pelas manisfestações árabes que foram comidas pelo casamento real que foi comido pelo Bin Laden. (Certamente errei na cronologia, na pontuação e na concordância, mas o parágrafo vale como argumentação.) 

Enfim, uma geléia muito geral que gera algumas perguntas que deixo para nossa profunda reflexão:

1) O vazamento em Fukushima acabou porque William & Kate se casaram?
2) Friburgo vai ser reconstruída com a mesma verba da reconstrução japonesa?
3) Delúbio ficará responsável por esta verba?
4) Obama virá ao Brasil no próximo carnaval?
5) Obama liberará as fotos de Bin Laden?
6) Bin Laden reaparecerá tal qual Yemanjá?
7) Como se enterra um cadáver no mar?
8) O dólar e a inflação estarão sobre controle... na China?
9) Papai Noel existe?

E last, but not least...

10) Cadê a p... do controle remoto!!!????

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)