sexta-feira, 15 de março de 2013

AI! QUE CALOR!


Não sei se é porque minha geladeira quebrou novamente ou se foi a pane na máquina de lavar roupa, ou se foi a coisa do disjuntor da cozinha entregar os pontos, mas... Tô sentindo muito calor!

Calor sem nenhum glamour. Daquele tipo de calor que deixa a gente desanimada. Levemente raivosa. Impaciente. E, agora, há pouco, comecei a ficar enjoada. Fisicamente enjoada. (Será uma virose de verão?)

Não é que eu não goste de calor. Tá certo que eu prefiro o frio, mas enfrento o calor com determinação e bravura, mas esse calor úmido do Rio que provoca aquela sensação de que se precisa tomar banho SEMPRE, mesmo que você esteja debaixo do chuveiro, esse é complicado para mim.

Aí a gente cria aquele iglu tropical. O ar condicionado colocado no máximo (ou seria mínimo?) e fica ali deixando a pele ressecar.

Mas a gente tem de sair. Cumprir o dever de viver e, então, o sol não dá trégua. É inclemente.

Ontem fui tentar liberar na alfândega unas caixas que Carol enviou de Londres. Escolhi o horário errado, por volta do meio dia... Devo estar mal mesmo. Quem vai liberar caixas ao meio dia no  terminal de carga do velho Galeão? Se os novos terminais são bem precários... Imaginem o velho! Tanto abandono! O estacionamento parecia aqueles filmes de suspense... A tia e a sobrinha caminhando e o maníaco com sua serra elétrica de estimação em sorrateira perseguição. Só não senti mais medo, porque já estava morta... De calor.
Não resolvemos nada, faltou documentação, mas, pelo menos, as pessoas foram super atenciosas. (Uma brisa de atenção em um ambiente inóspito bem que é um alento.)

E falando em alento, ou de brisa, ou de ambiente inóspito, o novo Papa foi escolhido rapidamente. Talvez por questões políticas, talvez pela temperatura amena no Vaticano que permitiu aos iluminados pensar.  Fico só imaginando se o evento fosse aqui no Brasil. A Praça de São Pedro na Cinelandia a  40 graus à sombra. (Espera... É injustiça com o Rio. Já peguei calores infernais em Roma e, em especial, no Vaticano.) Mas com um friozinho de final de inverno, até que fica mais fácil soltar uma fumacinha branca.

O rapaz da assistencia técnica da geladeira  me confirmou que vai chegar daqui a meia hora. Está vindo do centro da cidade. Isso já tem uns vinte e cinco minutos. Preciso ter fé! Preciso acreditar!

Se fosse só a máquina de lavar roupa, até que dava para levar... Mas a geladeira! Ou como dizem na assistência técnica da Eletrolux de Botafogo que nunca me atende... O seu refrigerador...

Hora errada para escrever um texto... Uma colcha de retalhos? Ou seriam apenas restos de ideias recolhidas em um rescaldo?

Sensação térmica de 44 graus! Ai que calor!!!!

Uma última observação cabe aqui e agora. Antes que comentários implicantes comecem a circular, informo que se o Papa é argentino... Deus, como é sabido desde tempos imemoriais,  é brasileiro, né?

Tenho dito... Amém!

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

2 comentários:

Celina disse...

Ô minha primoca querida. Conheço cada centímetro desse seu sentimento! A geladeira quebrada quando a gente mais precisa, a máquina que se nega a abanar o rabinho... O calor idigno de um ser humano! Agora a ida ao terminal velho do Galeão é coisa de anjo! Só um anjo torraria nesse calor para dar apoio a Carol. Você!

Eulalia disse...

Uma colcha de retalhos muito bem costurados, diga-se de passagem.
Você consegue descrever o clima como ninguém...