quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

WEATHER FORECAST

Antes de qualquer coisa, tenho de registrar que estou com sérios problemas para postar meus textos. Na verdade, os textos não, mas as fotos. Por alguma razão que eu não sei, já há algum tempo, comecei a não conseguir publicar fotos que, por exemplo, eu tinha em um pen drive ou mesmo na minha câmera. Só estou conseguindo publicar fotos que estão no Picasa ou via Ipad, fotos que estão arquivadas nele. Isto tem sido cada vez mais uma frustração para mim, porque, todos devem imaginar, que as fotos são para mim elemento integrante do texto. Um não existe sem o outro. E eu perdi totalmente o controle de um deles.

Estou fazendo este post via Ipad e não sei como trazer a foto para o inicio do texto. Coisa que também é marca do blog. Enfim... Estou bem desanimada e temo que, se a tecnologia me deu o presente de contar minhas histórias por quase 5 anos, acho que será a tecnologia que vai fazer o blog acabar.

Cada postagem, que era antes um grande prazer para mim, está se transformando em uma tortura. Do tipo... Ai meu Deus! Hoje tenho que fazer o blog! (Detalhe, esta fala deveria estar em Itálicos, mas não consiguo, com o Ipad, marcar as palavras!).

Não sei como vou contornar isto, mas estou com muito medo que seja o final de um projeto. De uma deliciosa brincadeira...

Dito isso...

Passar um tempo aqui em Houston é sempre gostoso e bem interessante. É como se eu pudesse ver as mesmas coisas por outro ângulo. Quase uma história às avessas. Poder assitir aos longos debates sobre venda de armas e direitos do cidadão é algo que parece tão estranhamente distante de nós. (Como se nós, brasileiros, não estivéssemos expostos diarimente ao perigo das armas...) Mas aqui se fala de defesa da pessoa, do cidadão. Especialmente aqui no Texas, se pode ouvir, como argumento concreto, a afirmação de que "preciso de armas, inclusive as pesadas, para defender o meu rancho, o meu rancho que está na fronteira com o México e que em última instancia, será defendido por mim, em caso de ataque.

Parece filme de cowboy, mas não é... É o século XXI!

Segunda feira fui passear com uma amiga em um Mall e entramos em uma loja de caça e pesca. Uma mega store, onde se pode comprar desde roupinhas para bebês com os dizeres "Minha primeira roupa de pescador!", passando por comida desidratada, lanchas, botas, roupinhas de bebês camufladas (ai já achei meio estranho), casacos, pequenos anzóis e super metralhadoras.

Fiquei imaginando a cena: Marido e mulher e dois filhinhos entrando na loja.

"Bob Lou, Não esqueça de comprar as iscas e a rede para a pescaria. Vou passar no setor de comidas e pegar algo para nosso barbecue e aproveito e compro aquele babadorzinho camuflado para Mary Jane, ela gostou tanto!" ... Se separam, vem junto com ele Bob Jr., seu parceiro de aventuras com cinco aninhos. "Pai, olha que lancha legal! Cool! Very Cool! "Linda, né filhão, bem que o pai queria comprar uma para você."... Pai, olha que tenda legal! Cool! Very Cool! "Lindona mesmo. Um dia o pai compra uma para a gente curtir."... "Pai, olha que rifle maneiro! "Caramba, já ia esquecendo. Era isso que estava faltando na lista que sua mãe me deixou! ... Pai, posso pegar o algodão doce? "Claro, my boy, e aproveita e pega uma caixinha de balas na prateleira aí bem pertinho... Calibre 45, OK?"

Esta semana também assisti um documentário sobre o trauma pós-combate que sofrem inúmeros veteranos americanos, ou PTSD (post-traumatic stress disorder). O filme se chama
Wartorn: 1861-2010. Uma produção da HBO.

Comovente e preocupante. Triste... Muito triste.

Esta semana também fez sol e choveu por aqui... Apesar de ser inverno, a temperatura está bem agradável.

Passar um tempo aqui em Houston é sempre gostoso e bem interessante.

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)


Um comentário:

Eulalia disse...

Querida, por tudo... mas não por causa de um ipad...

Eu sei, eu sei que sou dinossáurica, mas viajo com meu note, minha máquina fotográfica, passo as fotos para o note e tenho meu blog comme il faut!...

Nem que você fique um pouquinho menos moderna!...

Sua alma poética não pode perder-se nesse "baú da modernidade".

Com um texto comovente e profundo como este, não acredito! Seria condenar-se à morte e também a nós, como leitores, nessa mesma máquina chamada "modernidade". Não merecemos. Você não merece.

beijos carinhosos e muita muita saudade!