quinta-feira, 3 de março de 2011

ESTATISTICAS


Uma coisa que eu adoro como administradora de um blog é ter acesso às suas estatísticas. Num apertar de botões, você cai em um mundo de gráficos, números, percentuais, além de ter várias informações técnicas que, para mim, não valem muito. Diante de tais hieróglifos, sou arqueóloga sem Pedra de Roseta.

A parte que mais me encanta é a chamada Público. Com atualizações imediatas, vou descobrindo, não só quantas pessoas me lêem, mas também, e aí está o grande barato, onde me lêem.

Ser lida no Brasil, na Venezuela, no México, nos Estados Unidos, no Reino Unido... me deixa super feliz, mas até aí eu entendo, tenho queridos amigos por essas paragens. Mas quando começam a brotar números referentes à Holanda, Suíça, Canadá, Alemanha, Austrália, a coisa começa a ficar emocionante. Até porque, mesmo contra a vontade de Silvio, continuo insistindo em escrever em português. Minha língua materna. Minha ferramenta mais precisa. Com ela consigo esculpir, com as outras, quando muito, faço uns ensaiozinhos muito pouco plásticos. Então, está bem, entendo quando abro o administrador e surgem leitores em Portugal.

Mas Japão! É uma surpresa daquelas! E Polônia... Rússia... Letônia!!! O máximo na semana passada foi uma visita do Irã!(?) Só pode ter sido erro de digitação. O visitante queria acessar alguma página para gritar para mundo seu pedido de libertade e ... Pimba! Caiu no meu blog! Imagino seu olhar (seria uma mulher?)... Por Alá! Que blog é este?!

Não faz mal. Tenho o registro. Alguém no Irã, por segundos, imagino, me visitou.

Acho isso fantástico. (Não sou uma digital native. Do alto dos meus 53 anos, ainda me espanto e me surpreendo com a tecnologia). Essa teia. Esses elos que se fazem e se desfazem. Um pedaço de mim poder estar em diferentes partes, em todas as partes, como poeira de estrela. [Isso é morrer um pouco... se diluir... Ser e não ser... And there is no question about it!...  Fernando Pessoa iria adorar este mundo! Já imaginaram quantos virtueterônimos ele iria criar?] 

Então, às vésperas do Carnaval. Na semana em que a cidade do Rio de Janeiro completa seus 446 anos. No momento em que a Cidade Maravilhosa se reencontra com a alegria de ir e vir... Dedico este texto a todos que me lêem por este mundo afora. Me lêem por carinho, amizade, curiosidade, ou mero acaso. Para essas pessoas, deixo de presente um pouco da cidade do Rio, com seu tórrido verão que, esta semana, já começou a outonar, com suas noites de lua cheia, com sua sinuosidade marota como um requebrado... Sejam bem vindos... E desfrutem... A cidade dispensa apresentações!














E que Ele... Meu amigo de tantos Carnavais ... Nos proteja sempre, com seu verde manto de mata atlântica.

Nota final: Não resisti e inclui um cantinho de Niterói... Afinal, foi ali que tudo começou... O meu ponto de partida...

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

7 comentários:

Mariana disse...

Que delicia de texto! E que fotos! Obrigada, Patricia, vc me faz companhia em Londres numa noite insone... Beijo grande.
Ps. Claro que tinha de ter Niterói !!! Sempre ! :-)

Celina disse...

E lida em Veneza tammbém!!!! Estamos de partida, desse sonho, desse pedaço de poesia onde lembrei tanto de você!
Ps mesmo sem assunto algum, seu texto, primoca é sempre rico!
Prego!

Eulalia disse...

"Manto verde de Mata Atlântica" é imagem que beira à covardia (sorriso).
Patrícia, você não é carioca da gema por puro acaso, juro. E, claro, Niterói também tão minha querida não poderia faltar.
Adorei o texto. Cada letra.
beijos!

Alzira Willcox disse...

Seus textos são sempre saborosos (sabor/saber), mas nesse posto o que me encantou foram as fotos. Desde os tempos do D'Ávila já me deslumbravam as fotos que você tirava. E já estava impaciente por uma foto da nossa cidade.Sou bairrista, sim, rsrsrs.

Alzira Willcox disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elza Martins disse...

Só hoje consegui ler o texto sobre as estatísticas. Eu também fiquei surpresa no início quando minha irmã era visitada por pessoas do mundo todo. A gente acha que foi por acasa. foi não. Aos poucos os contatos se tornam mais frequentes e amizades se formam. É mesmo fantástico. Quanto ao Rio e a Niterói, a gente merece este privilégio de morar em ou próximo a estas duas cidades incrivelmente lindas.

Claudia disse...

Patrícia, ¡qué texto más delicioso, así son Niterói y Rio de Janeiro! Me da un gustazo ser testigo de que estás disfrutando de tu ciudad como si fueras turista en ella, pues esas imágenes no nacen del fervor nacionalista, sino del cariño ante el asombro que nuestras ciudades generan en nosotros. Estoy ansiosa por leer el próximo texto. Un abrazote, Claudia.