sexta-feira, 9 de setembro de 2011

HÁ DEZ ANOS


Onze de setembro... E já se passaram dez anos!

Nas últimas semanas, tenho ouvido tantas perguntas. Onde você estava quando tudo aconteceu? O que estava fazendo? Como ficou sabendo do fato? Como reagiu? E o que, neste tempo, mudou? Nos países. Nas pessoas. No mundo.

Tenho visto documentários sobre o impacto do 9/11th  nas artes, na política, na economia...

A princípio, muito silêncio e fumaça... Em tudo... Feridas abertas... E morreu muita gente... E se desfez muito sonho... Nos quatro cantos do mundo.

Depois, foi o inventário das cicatrizes. (A História é feita de cinzentos e gordos queloides!) Tantas feridas continuam abertas. E se continua a matar, porque se morreu... Há fórmulas que não mudam jamais. E se mata e se morre em nome de Deus, de um deus, dos deuses... O gesto humano e brusco em nome de tantas divindades. A transcendência da fera...

Mas há que se celebrar os anônimos heróis. Aqueles que tomam café da manhã com seus filhos e estão certos de voltar para casa à tardinha. Aqueles que têm sonhos a crediário e que continuam a sonhar em módicas prestações.

Dez anos...

Não me importa onde eu ou você estávamos, nem o que faziamos na hora do choque. Mas sim, quem éramos nós naquela manhã? O que mudou em você, em mim, nesse tempo? Quantos de nossos sonhos vingaram? E quais deles ficaram nos escombros da vida com uma bandeira cravada no caos?

Nós... Anônimos heróis de todas as raças, cores, credos, tendências políticas e sexuais. Nós, que teimamos em amar nossos filhos e acreditamos que todo e qualquer marco zero é sempre o ponto de partida para algo melhor. 

Talvez se lembrarmos de quem éramos quando tudo aconteceu, possamos entender com mais clareza quem somos agora. Agora... Dez anos depois.

Dez anos...

Você se lembra de você, quando tudo aconteceu?

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

4 comentários:

César disse...

Em 11 de setembro de 2001 eu era um pirralho de nada, estava eu no "culéjo" quando, durante o recreio, amigos de amigos comentaram com amigos, e estes comentaram comigo... E eu, no meio do meu sanduíche home-made, mal tinha noção do que era tudo aquilo -- até, obviamente, assistir ao Jornal Nacional.

E tome teoria da conspiração, e Nostradamus (será que nós tratamos as previsões dele muito a sério?!)... A minha teoria é a seguinte: se teve gente que lucrou com o 9/11 foram os duty free ao redor do mundo, após a proibição de líquidos de mais de 100 mL :-/ sem falar nos fabricantes de detectores de metais e scanners de raio-X que sabem até o que os passageiros estão pensando. Tudo, porém, na vã tentativa de deter "terroristas" -- cuja criatividade, infelizmente, não tem limites.

Anônimo disse...

Quem era eu há 10 anos (uma eternidade...) atrás? Qta coisa para pensar, Pat. . .

Celina disse...

Eu era ( e acho que não tem cura) uma sonhadora, mãe de uma menina sonhadora, que sonhava com sua primeira viagem internacional como presente de seus 15 anos. Lógico que "você sabe quem" atrapalhou esses planos e nos fez ter medo. Um medo que entranhou nesse nosso mundo, que olha um véu ou uma barba com mais medo ainda. Eu acho que não mudei tanto assim... Uma torre mais importante na minha vida, já tinha caído...

Alzira Willcox disse...

Sinceramente, minha vida pouco mudou nesses dez anos. Eu mudei interiormente, bastante. Acho que fiquei mais triste, mais fatalista, menos propensa a ilusões. É acho que envelheci, mas mais ainda por dentro.Sinto-me milenar, rsrs.