sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CANCÚN OFF BROADWAY


Tenho que admitir: fui para Cancún com um certo preconceito. Eu achava que não iria gostar. Achava que seria uma coisa artificial, com muitos resortes de plástico. Decidi ir porque era como ir a Roma e não ver o Papa. Mas, tenho que admitir: gostei muito do lugar.

É claro que dois dias não foram suficientes para visitar tudo, mas o que vi... valeu!

Fomos recepcionados por um sol de inverno caribenho. Nascentes e poentes impecáveis. Hotel bom, comida boa, muitas Margaritas (bebi todas em homenagem a minha amiga Cida!) e um tempo para Silvio descansar. Cheganos na 6a feira de tarde e ficamos por Cancún, mas, no dia seguinte, nos entregamos a descobertas.

Alugamos um carro com motorista (queriamos mordomia!) e minha encomenda era que ele nos levasse a uma Cancún diferente. O homem me olhou como se eu tivesse pedido para ir a Marte e voltar para o almoço!!! Expliquei. Não queria ir aos parques, não queria nadar com golfinhos, não queria fazer snorkel. Não achava que daria tempo de ir a Chinchen-Itza ... Quanto mais eu explicava, mais o homem me olhava como uma ET e era clara a vontade dele de me perguntar: Então, por que diabos vieste a Cancún, caramba?? Mas, tentou uma sugestão: A senhorita quer ver os pueblos mais pobres que ficam perto daqui? Não era bem isso que eu queria, mas diante do impasse, achei melhor topar e sair do hotel. Eu comentei... Queria conhecer Playa del Carmen, uma amiga me disse que é muito bonita. E Silvio complementou... Vamos a Tulum!  O motorista viu luz no fim do túnel.

Acompanhados por um aparato militar de fazer inveja ao Morro do Alemão (Cancún estava em plena reunião sobre as mudanças climáticas no mundo), fomos seguindo por uma autopista moderna e entrando por pequenos pueblitos onde, segundo o motorista, mora o pessoal de serviço dos hotéis. De um lado da estrada estes pueblos, parte de uma mata baixinha a que o motorista chamava de selva e entradas de alguns parques. Do outro lado, imponentes portais de resortes. Estávamos na Riviera Maia.

Sr. Rodrigo, então, nos explicou que seguiriamos por aquela estrada até o pueblo de Tulum. Depois iriamos à zona arqueológica. Depois podiamos conhecer Akumal (uma baiazinha onde ele sempre levava uma cliente) e, por fim, Playa del Carmen. Sim... Enquanto dirigia, tinha feito nosso roteiro. Por intuição, Silvio quis almoçar em Akumal. 



Depois de passarmos por Tulum, el pueblo, com suas casinhas coloridas, restaurantes típicos, mercados de artesanias e muitos turistas europeus, felizes e super bronzeados, chegamos à zona arqueológica com suas pirâmides, iguanas, gramados, céu e mar. Dificil descrever o prazer e a leveza do lugar. Entre as pirâmides, ao descer por uma escadinha de madeira, você se perde em uma sucessão de prainhas. O mar caribenho, convidativo e manso. Resistir quem a de? 

Próxima parada: Akumal.


Lugar simples. Muito simples. O motorista estacionou o carro e nos indicou um caminhozinho para o resturante. Um caminho para o restaurante, para a praia, para um cantinho do planeta onde se pode ficar. E nos deixamos ficar. Senti a água, a areia fina. O restaurante era simples. Ficamos ali um tempo, jogando conversa fora. Tomando Margaritas (todas em homenagem a Cida!). Comendo camarões. A nossa volta, gente de diferentes lugares do mundo, fazendo o mesmo que nós... se deixando ficar. Ao sabor da brisa desse inverno caribenho.

Me lembrei de um outro momento de nossa vida. Tão diferente e tão igual. Silvio e eu em uma tarde de chuva em Kew Gardens. Nos conheciamos há pouco tempo e passamos a tarde falando da vida, de nossos sonhos... contando nossas histórias. 

Nestes momentos, apesar dos outros, é como se a gente fosse dona do tempo e do espaço. Há um burburinho e um silêncio... Momentos mágicos.


Playa del Carmen confirmou com sobra o que minha amiga tinha dito. Mar imenso e hoteis baixnhos e chiques à beira do mar. Restaurantes e gente bonita caminhando. Um lugar movimentadamente aconchegante. Ao longe, o Ferry que vai para Cozumel.

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Tivemos um trailler da região. Mas valeu! No dia seguinte, não quis passear. Ficamos no hotel, de pernas para o ar, curtindo a vista, o mar, a piscina e, é claro, tomando algumas Margaritas em homenagem a Cida.

A fuga da cidade do México nos proporcinou ainda, na volta, a muitos metros de altura, a visão mais bonita dos Popocatepetl e Iztaccihuatl, os vulcões que ficam próximos ao DF e que normalmente estão cobertos pela neblina. 

Conta a lenda que são um casal de indigenas apaixonados. Que do alto de seu mais alto nos abençoem. Amém! 



(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

5 comentários:

anaschwarc disse...

Tenho que admitir, tb, penso a respeito de Cancun o mesmo que vc!! Porém, acho que vou gostar, assim, mesmo. Pelo seu relato devo admitir que fiquei com muita vontade de conhecer! Obrigada por essa dica. bjss

Eulalia disse...

Excelente escolha, querida, bem ao estilo de vocês.
Com certeza, você sabe escolher o melhor que cada lugar pode dar a você.
beijinhos

Celina disse...

Vocês merecem cada segundo desses de "se deixarem ficar". Que por do sol!!!! Euzinha, louca por uma paisagem branquinha e louca de saudades!

verde disse...

Olá, adorei o blog, vou ser leitora assídua agora!! Sucesso pra você! Camile Mohr (a do vôo de CGH/ POA dia 24/12)

pblower disse...

Seja bem vinda, Camile!