Ainda estou no Brasil, mas já me preparando para voltar para Caracas. E quando estou no Brasil, não há tempo. Para nada. Talvez seja por isso, ou porque o ano seja de Yemanjá ou porque eu esteja com muita saudade de escrever Poesia... Não sei... Na semana passada, re-visitei poemas curtinhos. Hoje, trago um poema antigo que fala de desejos, destino e descobertas. Um prato cheio para o inicio de um ano que, espero, possa me trazer novos mares e boas marés.
Castelo de Areia
(in A sintaxe do espanto)
refazer o meu mar
molhar suas ondas
na orla arenosa
espuma e sal
verdes azuis
cascalho serpentes
refazer o meu mar
pingar no horizonte
uma gota de sangue
e amanhecer
entre nuvens
ventos sal/gema
batizar a saliva
no acridoce
do ar
refazer o meu mar
recostar em seu dorso
ouriços
mariscos
sereias
beber o murmúrio
do corpo das pedras
no corpo ácido e líquido
inverter correntezas
perscrutar as cavernas
ser peixe
ser ave marinha
antropofágico encanto
refazer o meu mar
barco
nave
nau
a singrar ventanias
a engolir vorazmente
o mágico encontro
silêncio e vendaval
(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)
Um comentário:
Tenho certezas..
Mares virão
Com sereias
E estrelas do mar
Anunciando
Segredos há muito
Desejados
Tenho certezas..
Marés altas
vazantes
Trazendo seus projetos
R E A L I Z A D O S
muitos beijos minha primoca!
Postar um comentário