sexta-feira, 28 de junho de 2013

O CAMPEONATO DAS INSURGÊNCIAS

 
 
 
 
 
Na semana do campeonato das insurgências...
 
Na copa da indignação...
 
Entre bolas na trave e laterais perdidas
 
O passe certeiro do cidadão...
 
 
BRASIL MIL A ZERO!
 
 
(Será só o primeiro tempo...
Ou vamos ter prorrogação?)
 
Nota: Imagem retirado do Google images
 
 
(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O TEMPO NÃO PARA

 
 
 
 
Escrevi o texto abaixo na quarta-feira. Achava que seria um recado importante. Temia a violência. Temia que o gesto de esperança fosse confundido com a barbárie. 
 
VÂNDALO, VOCÊ NÃO ME REPRESENTA
 
 
(foto conexãojornalismo.com.br)
 

O quase menino barbudo e de boné, no alto da escada do Palácio Tiradentes, no dia seguinte, segurava o cartaz que, aos rabiscos, gritava: VÂNDALO,VOCÊ NÃO ME REPRESENTA!

O quase menino barbudo queria ajudar a limpar a sujeira, a desordem, a barbárie que ficou pelas escadas e por toda a região.

Não era um só, eram alguns quase meninos e meninas que se dispunham a LIMPAR.

Na manifestação dos milhares que representam a indignação de milhões, na manifestação dos milhares que, pela primeira vez na história, não foram para a Cinelândia ao encontro de palanques, na manifestação dos milhares que renegam partidárias bandeiras e marqueteados bordões, havia o que ficou para trás. O resto:

Perdidos entre policiais perdidos, os vândalos? Infiltrados? Radicais?... Não importa. Baderneiros. Que a cada gesto de força, enfraquecem o gesto legítimo. Que a cada grunhido de fúria, escondem tantas reivindicações. Que, com a sua ignorância, ocupam preciosos espaços nas manchetes de jornais.

Somos brasileiros... De cara limpa... Rosto à mostra. Somos cidadãos. Muitos, milhares, milhões!

Que haja lucidez e gente ativa para desencorajar o gesto das feras, que farejam oportunas carniças. Eles, não! Agora, não! 

Portanto, estou com o quase menino barbudo:

VÂNDALO, VOCÊ NÃO ME REPRESENTA!

VOCÊ NÃO ME REPRESENTA!

NÃO ME REPRESENTA!


1 milhão no Rio!

#Anonymous #AnonymousBrasil #BrasilAcordou #VemPraRua
#OGiganteAcordou #ManifestationsCup #ChangeBrazil
 
(foto retirado do Facebook)

De lá para cá, tanta coisa rolou. Em menos de dois dias. Governos perplexos. Preço das passagens reduzido. Impressa dando saltos e guinadas. Partidas vencidas. Verde e amarelo. Muito.
E eu... Numa mistura de alegria e preocupação. Como será o próximo passo?
 
As passeatas de hoje acabaram. Ainda há algumas notícias de vandalismo em diferentes cidades.
 
Termino o dia e o texto numa mistura de alegria e preocupação.
 
Alegria e angustiada preocupação.
 
Como será o próximo passo?
 
E, por que caminhos ele seguirá?
 

(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O RIO É PARA INICIADOS

 
 
 
O Rio é para iniciados... A frase não é minha e sim de um turista americano, dita enquanto era entrevistado para um jornal de TV. O tema era a violência sofrida por um motorista que havia saído do Aeroporto Internacional do Galeão.
 
O turista americano alugava um carro e, quase sem sotaque, dizia que podia sair do aeroporto sem problemas, pois havia vivido aqui por muito tempo e repetiu... O Rio é para iniciados.
 
Foi então que me imaginei na posição de uma gringa, chegando ao aeroporto internacional e tentando me movimentar pelo Rio, como quem "navega" por cidades europeias.
 
Ontem, depois da aula de francês na Gávea, decidi pegar o Metrô na Superfície para voltar para Botafogo.
 
Por sorte, a placa indicando o transporte ficava bem na esquina da rua de minha professora, mas era uma placa de ida para a PUC, será que o ônibus de volta passava por ali também? Resolvi perguntar ao guarda municipal que orientava o trânsito e, em claro e bom português, arrisquei: O Metrô na Superfície passa por aqui voltando para Botafogo?... Sei não senhora, que hoje é meu primeiro dia neste ponto. Meditei: Não teria feito diferença se eu tivesse perguntado em inglês. Ele não sabia mesmo.
 
Fui, então, ao lugar mais bem informado de qualquer região do Rio: Uma banca de jornal. Daquelas que vende até apartamento na planta. Refiz a pergunta e, desta vez, tive uma explanação detalhada. Não passa não, mas a senhora pode pegar ele aqui e ir até a PUC que é pertinho e depois volta para Botafogo. Meditei: Acho que naquela banca se eu falasse em chinês, eles respondiam.
 
(YES! Pensaria uma gringa com tão preciosa informação.)
 
Atravessei a rua, mas aí surgiu uma dúvida. A placa do Metrô na Superfície estava presa a um poste. Ela, lá, solita. E, a uns vinte metros à esquerda, havia um ponto de ônibus com uma enorme fila. Ou seriam algumas enormes filas que se entrelaçavam?
 
Afinal, onde eu deveria esperar meu ônibus? Debaixo da placa ou na muvuca do ponto?
 
Fui perguntar a uma senhora que parecia a última da fila. Se eu fosse gringa ia precisar de muita mímica, pois ela não me pareceu falar inglês. Mas ela tinha a informação. Lá, na placa, perto daquele homi barbudo.
 
Fui em direção à placa novamente e o homi barbudo me confirmou a localização. Já deve estar chegando. Aí a gente vai até a PUC, são duas quadras daqui, e depois a gente segue para Botafogo. Meditei: Para uma gringa, teria sido difícil, mas... Mas eu não sou gringa, então... Yes!
 


O ônibus chegou logo, mas as duas quadras até a PUC foram feitas em quase meia hora. Essa hora é pesado o trânsito. É hora da volta pra casa. Me explicou o homi barbudo.
 
O trânsito estava tão ruim que, na altura do Planetário, o pessoal começou a pedir para o motorista abrir a porta para que eles saltassem. Pelo visto, todos eram alunos com prova na primeira aula. Todos saíram, e o homi barbudo checou se a gente devia descer para pegar outro ônibus. A trocadora disse que a gente podia ficar. Meditei: E se eu fosse uma gringa e todos descessem? Acho que eu desceria também. Desceria para ficar perdida em frente ao Planetário. No caos de ônibus e carros e alunos.
 
Mas tudo correu bem e, afinal eu não sou gringa. Chegamos ao ponto final, uma fila enorme adentrou o ônibus e saímos rumo a Botafogo.
 
Trânsito lento. Muito lento. Leeeennnttttooo.
 
Não levou nem dez minutos e percebi que já era de noite e ouvi um PÁ!!!! Seco. O homi barbudo me disse: Bateu! A sua constatação foi seguida pela informação da trocadora. O ônibus bateu. Todo mundo tem que descer. O próximo ônibus vai pegar vocês. Meditei: Se eu fosse gringa teria entendido a seguinte mensagem: LFKGlwei ufghWKEJF BWIUY GHsd.kjbc. skufWKEJFK DGK.
 
Descemos e logo um outro ônibus chegou. Malandra, corri para pegar um lugar lá no fundo e foi aí que ouvi... Siqueira Campos. Logo entendi que o ônibus estava indo para a estação do Metrô da Siqueira Campos em Copacabana. De lá, eu teria de pegar o Metrô subterrâneo para Botafogo. Meditei: Se eu fosse gringa... Teria pena de mim.
 
O ônibus foi seguindo lentamente. Asssiiiimmmm.... Beeemmm lleeentaaameenttteeeeeeeee.
 
Depois de literalmente uma hora e meia, vi o mar. E aí foi mais uma hora e meia até a estação Siqueira Campos. Tinha havido um mega acidente em algum lugar, o que fez com que o trânsito da Zona Sul virasse uma zona.
 
Quando entramos na Figueiredo Magalhães, a senhorinha ao meu lado desabafou: E eu ainda vou para a Pavuna... Meditei: Se eu fosse gringa, seria bom. Não teria entendido o desabafo e não teria sentido a pena que eu senti de todos os muitos milhares de cariocas que passam um tanto da vida espremidos em transportes públicos.
 
Faltavam apenas umas duas quadras e o motorista se rendeu à lentidão e abriu a porta e deixou que as pessoas fossem a pé para o Metrô. Certamente a pé era mais rápido.
 
Cheguei à estação ainda acompanhada pelo homi barbudo. Num mar de gente, tentei me encontrar no tumulto das placas e pegar o trem na direção certa. Pedi informação a umas duas pessoas. Aqui é mesmo a plataforma para Botafogo? Meditei: Se eu fosse gringa... Ah, se eu fosse gringa, eu pegava qualquer trem, só para sair dali. 
 
O homi barbudo se separou de mim, pois tinha vencido o tempo de seu bilhete de integração.
 
Finalmente consegui me atirar no vagão e aí foi festa. Uma estação e Botafogo e uma pequena caminhada e minha casa.
 
Cheguei em casa e meditei: Ô, meu Cristinho. Você que tem braços e olhos para todas as partes desta cidade, olha por nós. Olha pelos gringos todos que vão estar na cidade e não deixa de ter um olhar muito especial para aquela senhorinha lá da Pavuna. Ela merece.
 
 
 
(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

ONZE VEZES TRÊS

 
Minha prima Celina, grande companheira de viagens e dona de um dos blogs mais interessantes sobre o assunto, o já super conhecido e  famoso "MALA DE RODINHA E NÉCESSAIRE"(http://www.maladerodinhaenecessaire.com) me convidou para uma brincadeira. As regras do jogo são as seguintes:
 
As regras do jogo – Onze vezes três:
1) escrever 11 coisas aleatórias sobre mim;
2) responder 11 questões enviadas por ela;
3) fazer outras 11 questões para mandar para 11 blogueiras que eu convidar;
4) não convidar quem me convidou; e
5) postar também as regras.

Achei o desafio interessante e, especialmente a regra três, achei que valeria para outras onze blogueiras, mas também para quem quiser pensar e responder as perguntas. Então, começo agora com onze coisas aleatórias sobre mim.
 
1) Fui uma professora que se orgulhava de seu ofício, hoje sou aluna das coisas e da vida. (Meu caderno de anotações tem o tamanho do mundo).
 
2) Gosto de outonos (em qualquer hemisfério).
 
3) Sou (vergonhosamente) gulosa.
 
4) Estou (muito) acima do peso adequado para uma senhora elegante.
 
5) Gosto de uma conversa fiada (e afiada).
 
6) Gosto muito de viajar (mas, às vezes, ficar em casa  e olhar pela janela esta cidade do Rio de Janeiro é muito bom!) 
 
7) Gosto de Poesia (que pode ser texto, ou um bom gesto de carinho).
 
8) Acordo (despudoradamente) cedo.
 
9) Não tenho medo de avião... Atualmente, tenho medo de aeroporto.

10) Meu maior tesouro é minha tribo. (Não sou cacique, estou mais para pajé!)
 
11) Tenho (grande) dificuldade de escrever coisas aleatórias sobre mim.
 
Agora, vamos à segunda parte do jogo. As respostas às perguntas propostas por ela.
 

1) Em que cidade você gostaria de morar?
. Gosto muito do Rio de Janeiro, mas um apartamentinho em Roma até que não fazia nada mal.
 
2) Qual o tipo de viagem que você mais gosta de fazer? Econômica, luxo, aventura, cidades históricas?
. Uma viagem é boa quando se está em boa companhia. Mesmo que a gente viaje sozinha, se o espírito está bem, tudo é festa.
 
3) Qual a lembrança que você traz das sua viagens?
. Cada vez mais trago pouca coisa concreta, mas muitas recordações.
 
4) Qual o tamanho da sua mala e o que você leva sempre dentro dela?
. Depende da viagem, mas estou trabalhando duro para diminuir cada vez mais a bagagem. Dentro dela, levo sempre sapatos confortáveis para caminhar muito.
 
5) Se um gênio da lâmpada aparecesse na sua frente, para qual lugar você pediria uma viagem com tudo pago?
. Com tudo pago e com toda a infraestrutura... Meu maior sonho é conhecer a Antártica.
 
6) Você usa tecnologia durante suas viagens? O que você prefere: smartphone, tablet ou notebook?
. Não sou boa de tecnologia, mas preciso de algo para escrever e publicar o meu texto semanal.
 
7) Qual a câmera que você usa para registrar suas viagens?
. A do celular. Cada vez mais.
 
8) Qual será seu próximo destino?
. Houston está virando rotina. Houston, semana que vem.
 
9) Costuma guardar dinheiro para viajar? Como?
. Sempre. Como? Como der.
 
10) Como se comunica com quem ficou? Telefona a cobrar, skype, roaming internacional?
. Roaming internacional, Skype, Face, e meu próprio blog.
 
11) Quais as qualidades que, na sua opinião, a companhia perfeita de viagem deve ter?
. Se parecer com você... Ter interesses semelhantes e NUNCA complicar a vida. 
 
Vamos nós, então, para a terceira parte do jogo e já adianto, as perguntas não serão apenas para outras onze blogueiras. São perguntas para quem quiser responde-las.
 
1) Quando você anda por sua cidade, ainda consegue se surpreender com a paisagem?
 
2) Se você fosse turista na sua cidade que três lugares você gostaria de visitar?
 
3) Qual é a sua primeira lembrança de viagem na vida? Por que acha que ela foi tão marcante?
 
4) Quem foi seu melhor companheiro de viagem? Por quê?
 
5) Qual foi a melhor refeição que você fez em viagem? Onde foi?
 
6) Se você pudesse voltar a uma de suas viagens, que viagem seria? Por quê?
 
7) Você tem um meio de transporte favorito quanto viaja?


8) Se você tivesse de escolher apenas uma forma de registrar suas viagens, você escolheria fotografar ou filmar?
 
9) Que lugar, dos que você conhece, você considera o mais fotogênico? Por quê?
 
10)Para onde você não voltaria nunca mais?
 
11) Em sua opinião, existe alguma diferença entre um turista e um viajante? Se existe, qual é?
 
Muito bem, missão cumprida e comprida, agora é escolher os blogueiros:
 
Soraya Bragança - Caracas Feliz http://caracasfeliz.blogspot.com.br/
 
Eulalia Fernandes - Era uma Vez de Verdade http://blogdaeulalia.blogspot.com.br/

(E nove outros, que ainda vou pesquisar)
 
Nota final: A foto do texto é uma vista do MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro). Ainda me surpreendo e me emociono com as paisagens da minha cidade.
 
(in pblower-vistadelvila.blogspot.com)